Tráfico Negreiro

O tráfico negreiro foi uma das principais atividades comerciais entre o século XVII e a primeira metade do século XIX. O tráfico de negros tornou-se um comércio comum e produtivo para diversos países da Europa, principalmente para a Inglaterra que possuía o monopólio do tráfico comercial de escravosO Brasil foi um dos primeiros países da América Latina a realizar o tráfico em 1536 sendo que foi o país que mais recebeu escravos da África entre todos nas América do Norte, do Sul e Central.Das quase dez milhões de pessoas forçadas a vir para as Américas, 3,6 milhões aportaram no país, e por fim o Brasil foi o último a abolir o tráfico por volta de 1850.

O significado da palavra “ África”

Origens do nome África: A origem da palavra Afrig deriva de um nome de uma tribo berberes que são povos africanos que moram no norte do continente. Essas populações têm raízes negras e ao longo da história foram se miscigenando com os povos ibero-mediterrâneos, com os fenícios, com os asiáticos e os árabes.
Desde a antiguidade a palavra África sempre se relacionou à idéia de uma terra quente e ensolarada, como parece sugerir sua origem etimológica: Sérvio Honorato, comentarista romano de Virgílio, levanta a possibilidade de que esse nome provenha do latim aprica, "ensolarado", ou do grego aphriké, "sem frio". Uma das principais características do "continente negro" é de fato o clima quente que predomina na maior parte de seu território, situado principalmente nas zonas tropicais e equatoriais.

Breve histórico da História da África e da raízes brasileira

Falam de ser uma antiga árvore gigante em sinal de resgate, de origem e dos antepassados, não sei se ainda existe essa árvore em Boma, na antiga capital do Reino do Zaire, um baobá. Até pouco tempo, os botânicos estimavam ter ela 4.000 anos de vida. Neste continente africano além de ser o berço da humanidade e das grandes civilizações tem-se uma história construída ao longo de milênios, de que resultaram modos de vida e mentalidades bem complexas, dentro de uma diversidade étnica e cultura.
As contribuições das diversas nações africanas, ao longo da história para o desenvolvimento cultural, econômico, político, científico e tecnológico da humanidade é vasta e complexa.
Ao falarmos dos africanos e dos afro-descendentes, devemos levar em conta essas diversidades deste continente na formação da identidade do povo brasileiro, somos compostos das diversas sociedades, culturas, religiosidade, línguas diferenciadas da África no Brasil e não simplesmente de uma África, daí o fenômeno Diáspora africana. Foi portanto, a África que os europeus e portugueses chegaram como colonizadores, dominadores, sequestradores, trazendo os negros africanos para o Brasil pelo tráfico negreiro com a justificativa de legitimar a dominação e escravidão. No conhecimentos dos povos africanos, os colonizadores construíram uma imagem negativa e preconceituosa em relação África com interpretações e ilustrações estereotipadas, representando um povo sem história, sem conhecimento e de tecnologia, caracterizados como “bandos pré-históricos”, como representantes do pensamento mágico (feitiçaria, fetichismo, etc), da pobreza e da desorganização social. Resultado disso e a desvalorização e alienação do povo negro em relação ao continente africanos, os países, as instituições, o corpo, a mente, a língua, a música, a arte etc. Não se percebe aqui que o período da escravidão mercantil e da colonização e descolonização da África correspondem a menos de 8% dos seis mil anos da história africana! Ou seja, os africanos viveram 92% de sua história exercendo sua soberania e contribuindo para a construção da civilização e do desenvolvimento em todo o mundo.